fbpx

ARV Construtora

“A casa virou o novo templo”, diz Mauro Jeckel, da startup Spume.co

07/09/2020

Fundada em 2014, a Spume.co é uma startup brasileira especializada em big data e inteligência artificial para predição de eventos. Neste ano, chamou a atenção por prever, com 30 dias de antecedência, o pico do coronavírus no Brasil e em outras partes do mundo por meio de um algoritmo construído com a ajuda de especialistas como cientistas, matemáticos e infectologistas.

Hoje, a plataforma convocamosvoce.org atualiza, em tempo real, o comportamento do vírus pelo mundo.

A pedido da EXAME, Mauro Jeckel, CEO da Spume.co, extraiu, entre os mais de 12 milhões de textos coletados de janeiro até julho, os principais efeitos da covid-19 no mercado imobiliário. O recorte leva em consideração 15 bases de dados, entre elas redes sociais, números do IBGE e índices do setor, além de 30 emoções distintas, como alegria, tristeza, insatisfação e raiva.

“Contamos com a ajuda de dois algoritmos proprietários para interpretar textos e identificar as causas raízes”, explica Jeckel. Entre os clientes da startup estão empresas como Basf, Boticário, Saint-Gobain e Suvinil. A seguir, os principais insights da Spume.co:

1. A casa é o novo templo

Durante a pandemia, o tempo que as pessoas passam acordadas usufruindo da casa aumentou de 25% para 66%. Com isso, o interesse por assuntos relacionados a conforto, decoração, lazer em casa, saúde e bem-estar teve um salto. Algumas palavras mais buscadas de março a julho: Netflix, videogame, TV, cadeira de correr, quadro, luminária, cafeteira, microondas, aparelho de ginástica, yoga, vitamina e meditação.

“As casas viraram uma espécie de templo, onde as pessoas vivem e se protegem”, afirma Jeckel.

2. Reparos em alta

As pessoas também estão mais preocupadas em fazer pequenos reparos do que reformar, segundo a Spume.co.

“Elas não têm ido ao banco pedir empréstimo para fazer uma reforma, mas estão indo comprar objetos para mudar a casa, pois o furo aparente e a pintura desgastada, por exemplo, começam a incomodar mais”, diz Jeckel.

Segundo ele, o índice de massa corrida, que mede a importância que as pessoas dão para a relação com a casa, atingiu o maior pico dos últimos 20 anos. “A venda de massa corrida subiu cinco vezes em relação ao final do ano, que é período de maior venda”, diz ele. O dinheiro antes gasto com deslocamentos, viagens, academia e lazer passou a ser canalizado para a casa.

“São gastos compensatórios. É o que chamamos de “efeito batom” – um movimento percebido após grandes crises, como a Segunda Guerra Mundial e a queda das Torres Gêmeas, em que produtos como chocolates e batons, que proporcionam prazeres baratos, tiveram disparo nas vendas.”

3. Mudança para a periferia

De acordo com a Spume.co, a previsão é que 20% dos brasileiros que pertencem às classes A e B sigam trabalhando de casa após a pandemia. Com isso, a expectativa é que 14% dessas pessoas se mudem, em um primeiro momento (nos próximos dois anos), para periferia das cidades. Na etapa seguinte, o novo lar poderá ser na praia ou no campo.

“Observamos esse movimento na Europa e nos Estados Unidos. Moradores da capital passaram a viver na periferia e, depois, se mudaram da periferia para a praia ou para o lago”, diz Jeckel. “Essa não é uma tendência imediata, mas, seguindo os padrões mundiais, tudo indica que ela vai se consolidar.”

4. Busca por mais um cômodo

A busca de imóveis com um cômodo a mais ou a ampliação de um ambiente já existente para transformá-lo em home office são outras tendências apontadas pelo estudo. “A mudança para a periferia, inclusive, tem a ver com essa necessidade, considerando que nelas o preço do metro quadrado é menor, o que possibilitaria a escolha de imóveis mais espaçosos e com mais um cômodo para home office.”

5. Repensando o aluguel

Com os juros em queda e a vontade de fazer reparos na casa, quem mora de aluguel começa a analisar se não valeria mais a pena partir para a casa própria. “Temos notado um interesse maior de quem quer vender e comprar um imóvel”, diz Jeckel. A maioria dos inquilinos se sente, psicologicamente, dono do imóvel, exceto em dois momentos: nas reuniões de condomínio e na hora de reformar a casa. “Essas situações geram uma sensação de impotência”, diz o executivo.

Uma coisa é certa: o mercado imobiliário terá que se adaptar às novas necessidades de um novo consumidor.

Via exame.com

ARV Construtoracomportamentocomportamento do consumidorcoronavíruscovid 19crisefloripa

Compartilhe este post

Veja mais conteúdos

Blog

Conheça um pouco dos bairros mais cobiçados para morar em Florianópolis

26/06/2024
Blog

Investimento guiado: saiba o que é e como a ARV oferece isso?

19/06/2024
Blog

O que significa “qualidade construtiva” e como a ARV aplica isso em seus empreendimentos?

12/06/2024

Investimentos Finalizados

Investimentos em Andamento