Este foi um ano de exceções, uma vez que a disseminação do novo coronavírus, responsável por desencadear uma crise global de saúde, submeteu todo o mercado imobiliário a uma completa reestruturação. Consequentemente, estimativas dentro e fora do mercado imobiliário precisaram levar em consideração toda essa instabilidade, dada a permanência da pandemia e a falta de previsão para sua resolução.
Pensando em se reinventar, corretores partiram à procura de um público específico, com a necessidade de remanejar sua rotina diária, em busca de tranquilidade para trabalhar de casa, passando a investir em regiões mais afastadas das grandes cidades.
Fornecidos pelo maior sindicato de habitação da América Latina, dados do Secovi (SP) apontam que o resultado de julho deste ano é 45,5% superior ao mês anterior e 21,1% superior às vendas do ano passado neste mesmo período.
Sobre a queda histórica da taxa Selic
É importante que o consumidor compreenda a influência da taxa Selic para o oferecimento de crédito, já que a Selic influencia outras taxas de juros, sendo usada pelo governo para controlar a inflação. Mas por que você deve ficar atento? Quando a taxa aumenta, os bancos preferem emprestar aos órgãos governamentais, uma vez que obtêm maior lucro. Mas quando a taxa cai, são obrigados a recorrer aos consumidores.
Logo, o crédito oferecido ao consumidor é mais “barato”, já que os bancos dispõem de menos dinheiro em caixa.
Hoje, a taxa está em 2%, com índice calculado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo Banco Central (BC). A maior queda de todos os tempos é um resultado de cortes consecutivos, que podem permanecer pelos próximos meses, favorecendo o mercado imobiliário e seu consumidor.
As cidades litorâneas e a nova era do setor imobiliário
Se você quer investir na área, a queda histórica da taxa Selic pode ser o sinal que estava faltando. Além disso, deve-se considerar que o ramo imobiliário é um dos mais sólidos para investimentos. Seja para compor a renda mensal do proprietário por intermédio do aluguel, gerando uma renda passiva, ou para ser anunciado por outro valor no futuro, o potencial é enorme.
Logo, investir em imóveis para locação temporária, ou por temporada, prática comum das cidades litorâneas, pode ser um caminho inteligente.
Supõe-se que o proprietário de um apartamento em Florianópolis, um dos mais procurados destinos do litoral catarinense, decida colocar seu imóvel para locação em temporada. Neste caso, não há grandes burocracias ou responsabilidades em longo prazo, como manutenção do espaço. Outra vantagem é que o locatário não precisa lidar com documentação excessiva ou fiadores.
Isso porque a cidade tem apresentado aquecimento e é cada vez mais procurada, seja por suas belas praias ou seu perfil turístico.
Quero investir, o que devo fazer?
É fundamental que um investidor em potencial se atente a detalhes como localização e conforto, oferecido tanto no interior do imóvel quanto na região escolhida. Quem aluga uma casa em temporada procura por conforto e espera encontrar um ambiente planejado, bem decorado e equipado com serviços essenciais, como internet wireless, espaço de lavanderia e vaga de garagem.
Já o responsável pela apresentação do local deve, além de receber, apontar as regras de uso do espaço e estar apto para tirar dúvidas sobre o imóvel e sobre a região, principalmente se o proprietário não viver na cidade. Há, ainda, a possibilidade de contratar uma empresa para a administração da casa ou do apartamento, auxiliando o seu negócio acerca de contratos, cláusulas ou multas, quando necessárias.