O balanço mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra um aumento de 58% nas vendas de novas unidades habitacionais em julho em relação ao mesmo mês de 2019. Ao todo, foram comercializadas 13.023 unidades no período, representando o melhor resultado mensal do indicador desde maio de 2014.
O levantamento, feito com base nas informações repassadas por incorporadoras, indica ainda que entre os meses de maio, junho e julho as vendas cresceram 25,5% em comparação ao mesmo período no ano passado, totalizando 35.814 unidades vendidas.
No acumulado em 12 meses, as 125.380 unidades comercializadas representam um avanço de 9% em relação ao volume vendido nos 12 meses anteriores. Já as vendas líquidas (calculadas com base no volume de vendas e distratos), cresceram 56,2% em julho, 21,2% no último trimestre móvel e 12,1% nos últimos 12 meses.
Retomada dos lançamentos
Enquanto isso, os lançamentos de novos empreendimentos registraram alta de 38,2% em julho, o que para o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, mostra a resiliência diante da crise instalada por conta da pandemia. Para o executivo, a retomada é sinal de que as incorporadoras estão confiantes na recuperação econômica brasileira.
“Em julho, os lançamentos de novos empreendimentos registraram crescimento de 38,2%. Esse salto reflete a retomada de lançamentos (7,3%) e vendas (34,8%) no segmento de médio e alto padrão, que havia sofrido mais impacto da pandemia”, diz França.
“O déficit habitacional de 7,79 milhões de moradias no país reforça a disposição de novos investimentos pelas incorporadoras.”
Luiz Antonio França, presidente da Abrainc
Em relação ao mês de julho, os resultados foram ainda melhores
Imóveis do Programa Casa Verde e Amarela (atual Minha Casa Minha Vida) tiveram alta de 47% nos lançamentos e 62,4% em vendas. Os empreendimentos de médio e alto padrão também apresentaram desempenho positivo, com alta de 7,3% no volume de unidades lançadas e de 34,8% nas vendas.
“Os números indicam que a construção está deixando a incerteza no retrovisor. O déficit habitacional de 7,79 milhões de moradias no país reforça a disposição de novos investimentos pelas incorporadoras”, diz França.
Via exame.com